Uma palavra sobre mudança linguística
É indiscutível que as línguas mudam com o tempo. E a gente não precisa ser linguista pra perceber isso. Basta prestar atenção no modo como falam as pessoas de gerações anteriores ou ler um texto escrito em outra época, como uma notícia de jornal de cem anos atrás, um romance de Machado de Assis, a Carta de Pero Vaz de Caminha ou outra qualquer. O contato com registros passados de fala e escrita faz com que saltem aos ouvidos e olhos da gente construções linguísticas não mais usuais, itens lexicais que se perderam com o tempo e convenções de escrita já suplantadas. Além disso, a fala de pessoas mais jovens, com suas gírias e aspectos sintáticos particulares, também estampa esse incontornável movimento de mudança das línguas.