Professores que atuam com jovens no ensino médio deparam-se, cada vez mais, com o desafio de apoiá-los para que melhorem suas capacidades de leitura e de escrita, ampliem suas possibilidades de usar a linguagem, seja ela verbal ou não verbal, em especial dentro da escola, mas também fora dela. Mesmo que a formação específica desses professores não seja em língua portuguesa, não devem desconsiderar esse desafio ou evitá-lo.
Trabalhar com a produção de textos, estimular a oralidade, incentivar as mais diferentes leituras é tarefa de todas as disciplinas. Com mais ou menos dificuldades, acreditamos que todos os professores podem atuar ampliando as capacidades de linguagem dos seus alunos, das mais variadas maneiras. Assumir tal desafio exige, antes de mais nada, assumir que nunca estamos prontos como professores. Se, como dizia Paulo Freire, é “experimentando-nos no mundo que nos fazemos”, podemos dizer que é “experimentando-nos com os alunos que nos fazemos professores”.