By Visitantes on Sexta, 17 Julho 2015
Category: Parábola Editorial

ACADEMIAS PARA QUÊ? Um olhar galego-brasileiro

Chove no Rio. Da minha mesa junto à janela observo com melancolia a polêmica estéril em torno da Real Academia Galega. A tela do computador alagada pelo mar de fundo da cultura do país. Por trás dos vidros, gotinhas de água desenham pequenos círculos concêntricos nas poças da praça, nas folhas das árvores. O verde intenso dos chapéus-de-sol da minha rua invade a sala. Essas árvores de folhas grandes e copas frondosas protegem as calçadas do sol e da chuva, filtram a luz poderosa do verão tropical e barram o vento incontrolável dos temporais. Não há muitas coisas nesta vida que tenham tanta serventia. Como dizia Castelao, o animador de sonhos, o dia em que saibamos o que vale uma árvore, aquele dia não teremos necessidade de emigrar.

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