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Neste livro, Irandé Antunes fala sobre os mecanismos de construção textual de modo acessível. O livro é didático, tem linguagem de fácil compreensão e muitos exemplos.
Num texto, tudo vem encadeado, e a é a “propriedade pela qual se cria e se sinaliza toda espécie de ligação que dá ao texto unidade de sentido ou unidade temática” (p. 47). Mas como fazer a coesão? Por meio das relações de reiteração, associação e conexão.

A REITERAÇÃO retoma informações do texto pelos procedimentos de repetição e substituição. Repetição mantém algum elemento e pode ser realizada por paráfrase (reiterar com nova formulação linguística), paralelismo (unidades semânticas similares correspondem a estruturas gramaticais similares) e repetição (marcar ênfase, contraste, continuidade do tema e quantificar). Substituição varia os termos constituintes do nexo textual e poder ser realizada por substituição gramatical (substituir um termo por classes gramaticais com função referencial), substituição lexical (usar uma palavra no lugar de outra que lhe seja textualmente semelhante) e elipse (ocultamento de um termo identificável pelo contexto). A ASSOCIAÇÃO atinge as relações semânticas. Tem como procedimento a seleção lexical, regida pelo tema do texto. Recorre à associação de palavras antônimas (urbano x rural) e à associação parte/todo (trânsito, veículo, motorista). Com tais recursos, selecionam-se palavras pertencentes ao mesmo campo semântico, contribuindo para a construção da unidade temática.
A CONEXÃO é operada por conectores em pontos determinados dos textos, com determinações sintáticas rígidas. Tem como procedimento o estabelecimento de relações sintático-semânticas, recorrendo às conjunções, às preposições e aos advérbios, podendo sinalizar muitos tipos de relação, como causalidade, condicionalidade, temporalidade, etc.
A autora destaca que o conhecimento estritamente gramatical é insuficiente para a escrita de um texto coeso e coerente, pois quando reiteramos informações, selecionamos o vocabulário e conectamos partes textuais, recorremos ao nosso conhecimento de mundo para constituirmos uma base significativa que sustente o texto.

Por: Comtextorevisoes

 

Lutar com palavras: coesão e coerência 
- Degustação da obra