Por que repensar a Linguística Aplicada?

Novos modos de teorizar e fazer Linguística Aplicada

 


A necessidade de repensar outros modos de teorizar e fazer Linguística Aplicada surge do fato de que uma área de pesquisa aplicada, na qual a investigação é fundamentalmente centrada no contexto aplicado (cf. Moita Lopes, 1998 e Gibbons et alii, 1994) onde as pessoas vivem e agem, deve considerar a compreensão das mudanças relacionadas à vida sociocultural, política e histórica que elas experienciam. O que não quer dizer que muito da pesquisa que se reconhece como Linguística Aplicada contemple a vida social, cultural, 
política e histórica.

 

Ao contrário, em muitos casos na Linguística Aplicada , pesquisa e vida social são como água e óleo: não se misturam. É assim que Phillipson & Skutnabb-Kangas (1986) criticam uma Linguística Aplicada que, mais do que passar ao largo das questões sociopolíticas, colabora na manutenção das injustiças sociais ao não situar seu trabalho nas contingências e vicissitudes sócio-históricas e ao não se indagar sobre os interesses a que seu trabalho serve.