5 livros para turbinar a produção de texto

Veja algumas referências para melhorar sua produção de texto

 

Como produzir textos acadêmicos? Como escrever uma monografia? O que são coesão e coerência? Como redigir uma boa redação? Como ensinar a escrever bem? Como estudar a língua para a produção de texto?

 

Listamos aqui 5 livros para responder a essas perguntas e a outras relacionadas à produção de texto e para lhe ajudar a melhorar sua escrita:

 

Produção textual na universidade, por Désirée Motta-Roth & Graciella Rabuske Hendges

Muitos títulos sugestivos como “Redação técnica”, “Como escrever textos” ou “Como fazer uma monografia” são publicados no Brasil. No entanto, a abordagem de Produção textual na universidade tende a se concentrar não apenas na forma dos textos, mas também no seu conteúdo e na retórica. Esse livro tem por objetivo trazer informações sobre a prática acadêmica de publicação, com foco nos gêneros discursivos mais comumente adotados no contexto universitário.

 

O livro adota a abordagem sociointeracionista do letramento científico e se concentra no desenvolvimento de competências escritas do aluno que o permitam interagir com o mundo na posição de escritor e leitor de textos científicos. Sua pedagogia está focada no uso da linguagem para determinada "ação acadêmica" de avaliar, relatar ou descrever informações e dados gerados em pesquisa, para influenciar o leitor e, consequentemente, a prática acadêmica subsequente de pesquisa e de publicação em nível científico-acadêmico.

 

Lutar com palavras: coesão & coerência, por Irandé Antunes

Se um texto não tem coesão, é porque lhe está faltando o quê?

 

É comum ouvir referências muito superficiais à coesão e à coerência, mas elas constituem um terreno vago, para onde vamos jogando tudo o que não sabemos explicar bem. Coesão e coerência não são questões exploradas satisfatoriamente, nem mesmo nas aulas de língua portuguesa.

 

Diante daquele texto meio ruim, não muito bem formulado, não muito claro, recorremos a uma área geral, sem contornos, onde cabe tudo e tudo se acomoda. E, aí, dizemos: falta coesão; ou o texto não tem coerência. Mas… falta coesão exatamente onde? Falta que tipo de recurso?

 

A intenção desse livro é fixar algumas noções básicas acerca da propriedade textual da coesão e de sua relação com a coerência, com o objetivo de desenvolver nossa competência para falar, ouvir, ler e escrever textos mais relevantes, consistentes e adequados.

 

Isso contribuirá para que todo leitor compreenda o que fazer para deixar o seu texto articulado, encadeado, coeso e coerente.

 

Da redação à produção textual: o ensino da escrita, por Paulo Coimbra Guedes

Esse livro é uma contribuição e tanto para um país que precisa fazer as pazes com a escrita, que precisa aprender a escrever, que precisa aprender a ensinar a escrever. Estamos diante de uma pedagogia da escrita, composta não de generalidades, mas de concretude. 

 

O exame das redações escolares revela que a escola ensina os alunos a construir um conjunto de palavras organizadas em frases dispostas em forma de texto com a intenção única de: reproduzir um padrão de linguagem; reproduzir um modelo de organização das partes em que se deve dividir a exposição; ou reproduzir um conjunto de ideias alheias tiradas de um repertório comum.

 

E por que apenas reproduzir? Porque a escola deixou bem claro que esse padrão de linguagem, esse modelo de organização das partes e esse conjunto de ideias são os únicos que devem ser aceitos por ela e pela sociedade como um todo.

 

Da redação à produção textual: o ensino da escrita quer desconstruir essa prática reprodutiva e levar à produção de texto, isto é, ao uso consciente dos recursos expressivos da língua, com a finalidade de produzir efeitos deliberados sobre leitores bem determinados.

 

Produzir textos na educação básica: o que saber, como fazer, por Celso Ferrarezi Jr. & Robson Santos de Carvalho

Esse é um livro que trata o ensino da escrita de forma constante e sistemática. Um passo a passo para o dia a dia dos professores, para começar lá na alfabetização e terminar no ensino médio.

 

É um livro com atividades experimentadas, testadas na vida, que funcionam. Ele não foi pensado para ser um amontoado de teorias que vão encher sua cabeça e não ajudar. Ele é prático. Quando alguma teoria aparece, é para explicar como ou por que é mais indicado ao professor fazer algo. Mas isso é sempre muito enxuto, porque a intenção é mesmo ajudar a entender como ensinar a escrever na sala de aula, em qualquer série.

 

É claro que esse livro não é a solução de todos os problemas da educação. Aliás, sobre muitos dos temas que estão descritos, é indicado que você leia outros materiais para compreender totalmente o “espírito da coisa” e adaptá-los à sua realidade. Quem sabe, terá até mesmo de mudar alguma coisa ou complementar sua prática. Mas não é sempre assim?

 

Produção textual, análise de gêneros e compreensão, por Luiz Antônio Marcuschi

Essa obra é uma versão dos materiais usados para o curso de Linguística ministrado na graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco.

 

Os temas estão distribuídos em três partes, cujos tópicos estão interligados:

 

1. Produção de texto com ênfase na linguística de texto de base cognitiva;

 

2. Análise sociointerativa de gêneros textuais no contínuo fala-escrita;

 

3. Processos de compreensão textual e produção de sentido.

 

Essas notas de trabalho trazem aos leitores informações proveitosas e ajudam a acompanhar as aulas com mais segurança e maior interação, promovendo a desejável construção coletiva de conhecimento, superando a simples transmissão ou repetição do já sabido.

 

A visão adotada toma a língua como um conjunto de práticas enunciativas. Todo uso autêntico da língua é feito em textos produzidos por sujeitos históricos e sociais de carne e osso, que mantêm algum tipo de relação entre si e visam a algum objetivo comum.

 

Por Carolina Fortunato

 

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